PIAGET
ESQUEMAS
DE CONHECIMENTO:
-ASSIMILAÇÃO: incorporar as
experiências ou objetos às estratégias ou conceitos já existentes;
-ACOMODAÇÃO: modificação e ajustamento dos esquemas em função de
novas experiências ou informações;
-EQUILIBRAÇÃO: é o fator essencial e
determinante no desenvolvimento do sujeito ao processo de adaptação ao meio
em que vive.
ESTÁGIOS
DE DESENVOLVIMENTO:
-SENSÓRIO-MOTOR: do nascimento a cerca
de 18-24 meses;
-PRÉ-OPERATÓRIO: aproximadamente entre 2 e 6/7
anos;
-OPERATÓRIO CONCRETO: aproximadamente
7/8 até os 11/12 anos;
-OPERATÓRIO FORMAL: a partir de 11/12 anos em
diante.
IMPLICAÇÕES
PEDAGÓGICAS: A aprendizagem depende do processo de
desenvolvimento cognitivo; O papel da escola é dar à criança oportunidade de
agir sobre os objetos de conhecimento; O papel do professor um
agente facilitador e desafiador de seus processos de elaboração; A criança é
quem constrói seu próprio conhecimento.
|
Vigotsky
Vigotsky
levantou a questão da relação entre ensino e a aprendizagem escolar e
desenvolvimento cognitivo. Ele fala muito da escola, dos professores e da
interação pedagógica. Para Vigotsky, a criança nasce inserida num meio
social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a
linguagem na interação com os outros.
CONCEITOS CENTRAIS
Abordagem
Histórico/Social; Forma de produção de trabalho humano > cultura; Mundo
Histórico / Sujeito Histórico.
DO BIOLÓGICO PARA O HISTÓRICO SOCIAL:
-OS
INSTRUMENTOS: tudo que se interpõe entre o homem e o ambiente, ampliando e
modificando suas formas de ação;
-OS
SIGNOS: tudo que é utilizado pelo homem para representar, evocar ou tomar
presente o que está ausente constitui um signo: a palavra, o desenho e os
símbolos.
-INTERNALIZAÇÃO processo
interno de reconstrução de uma operação externa;
-INTERPSICOLÓGICO
relação entre indivíduos; - INTRAPSICOLÓGICO
– conexões com o que já temos de construção de conceitos.
PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DO MUNDO CULTURAL: -LINGUAGEM
- A linguagem socializada; Linguagem egocêntrica; Fala interna;
-O OUTRO
SOCIAL - A interação social é a base do processo de aprendizagem humana;
-A
METACOGNIÇÃO – A Fala interna.
-DESENVOLVIMENTO
E APRENDIZAGEM - O aprendizado impulsiona o desenvolvimento: Nível (Zona) de
desenvolvimento real > capacidade de realizar tarefas de forma
independente; Zona de desenvolvimento
proximal: é o que está em processo
de amadurecimento, o que ainda não construí e não construo sozinho;
-INTERVENÇÃO
PEDAGÓGICA - O conhecimento na sala de aula é um processo social e
compartilhado; O professor serve como guia no processo da aprendizagem;
o aluno é o sujeito da aprendizagem, aquele que aprende junto ao outro.
|
Wallon
Segundo
Wallon, a gênese da inteligência é biológica e social, ou seja, o ser humano
é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da
cultura. Seu projeto teórico foi estudar a gênese dos processos que
constituem o psiquismo humano.
Considerava
que a escola deveria perceber a criança como um ser total, concreto e ativo e
de manter-se em contato com o meio social.
CONCEITOS CENTRAIS:
Estágios
do Desenvolvimento Mental:
1º Estágio: impulsivo-emocional, ocorre
no 1° ano de vida.;
2º Estágio -Sensório-motor e projetivo: vai até
os 3 anos;
3º Estágio - Personalismo : dos 3
aos 6 anos;
4º Estágio - Categorial :
(6-11/12 anos);
5º Estágio - Predominância funcional; Emoção:
a afetividade precede nitidamente o aparecimento das condutas; O Movimento:
as necessidades cinéticas, de movimento, e as necessidades posturais são
imprescindíveis ao desenvolvimento infantil;
CONTRIBUIÇÕES
O papel
do outro na construção do conhecimento é indiscutível. O professor deixa de
ser o agente exclusivo na formação das crianças. A interação com as outras
crianças assume um papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem de
cada uma delas. O movimento é imprescindível ao desenvolvimento da
criança. A brincadeira assume um lugar essencial no desenvolvimento da
criança. A emoção ocupa um lugar privilegiado no desenvolvimento do sujeito,
em especial da criança; os conflitos, crises e contradições são pontos
fecundos para a compreensão da pessoa humana.
SEMELHANÇAS
E DIFERENÇAS
Em
relação a construção do conhecimento, para
Piaget o conhecimento se dá a partir da relação do sujeito com o objeto
dependendo do grau de desenvolvimento das suas estruturas cognitivas. Para Vygotsky que focou sua teoria na
escola deixando claro os seguintes aspetos: Primeiro que o ser humano era um
ser Filogenético, fazia parte de uma espécie; segundo que esse ser humano
também era Ontogenético, nascia, crescia e morria; e que esse também era
Microgenético, que por mais que sejam parecidos em alguns aspectos existem
fatores genéticos individuais desse individuo. Para Wallon o desenvolvimento se dá também em estágios mas que
são diferentes da Teoria Piagetiana. Wallon além de dar importância ao corpo da
criança e a maturação biológica, considera importantíssima a emoção sendo a
mesma fator principal em sua teoria, a observação é o método
primordial, é a tentativa de entender o processo de desenvolvimento da
criança.
Relativamente
aos estágios de desenvolvimento, tanto Piaget como Wallon discorreram sobre o
assunto. Na teoria de Piaget os estágios se dividem em quatro, enquanto para
Wallon o desenvolvimento se dá em estágios, só que na sua teoria o individuo
pode continuar em dois estágios, ou seja, um estágio encontra-se dentro do
outro. Já Vygotsky nos dá o suporte teórico
enfatizando a importância do meio cultural e das relações entre os sujeitos
imersos num contexto histórico e a ênfase em seus processos de transformação.
O
desenvolvimento humano, no modelo piagetiano, é explicado segundo o
pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o
sujeito conhecedor e o objeto a conhecer; Vygotsky irá nos trazer o que
chamamos mediação simbólica que é feita através dos signos que são
construídos culturalmente e que são compartilhados por todos, Wallon por mais
que reconheça o fator orgânico, biológico como Piaget relata que o mesmo é a
primeira condição no desenvolvimento do pensamento, sendo o primeiro, mas não
o único.
|
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quinta-feira, 15 de agosto de 2024
Tabela das Teorias Psicogenéticas: Piaget, Vigotsky e Walllon na área Educacional
Labels:
Piaget,
Vygotsky e Wallon

sexta-feira, 17 de novembro de 2023
TABELA DAS DIFERENÇAS ENTRE PIAGET, VYGOTSKY E WALLON
PIAGET
Formado em Biologia, Piaget especializou-se nos estudos do conhecimento humano, concluindo tendo desenvolvido a teoria conhecida por Epistemologia Genética. Sua principal questão é: Como o ser humano constrói o conhecimento? Ele elabora sua teoria através de observação empírica e elabora os seguintes conceitos básicos:
ESQUEMAS
DE CONHECIMENTO:
-ASSIMILAÇÃO: incorporar as
experiências ou objetos às estratégias ou conceitos já existentes; -ACOMODAÇÃO: modificação
e ajustamento dos esquemas em função de novas experiências ou informações;
-EQUILIBRAÇÃO: é o fator
essencial e determinante no desenvolvimento do sujeito ao processo de
adaptação ao meio em que vive.
ESTÁGIOS
DE DESENVOLVIMENTO:
-SENSÓRIO-MOTOR: do
nascimento a cerca de 18-24 meses;
-PRÉ-OPERATÓRIO: aproximadamente entre
2 e 6/7 anos;
-OPERATÓRIO CONCRETO: aproximadamente
7/8 até os 11/12 anos;
-OPERATÓRIO FORMAL: a partir de 11/12
anos em diante.
IMPLICAÇÕES
PEDAGÓGICAS: A aprendizagem depende do processo de
desenvolvimento cognitivo; O papel da escola é dar à criança oportunidade de
agir sobre os objetos de conhecimento; O papel do professor um
agente facilitador e desafiador de seus processos de elaboração; A criança é
quem constrói seu próprio conhecimento.
|
Vygotsky
Vygotsky
levantou a questão da relação entre ensino e a aprendizagem escolar e
desenvolvimento cognitivo. Ele fala muito da escola, dos professores e da
interação pedagógica. Para Vygotsky, a criança nasce inserida num meio
social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a
linguagem na interação com os outros.
CONCEITOS CENTRAIS
Abordagem
Histórico/Social; Forma de produção de trabalho humano > cultura; Mundo
Histórico / Sujeito Histórico.
DO BIOLÓGICO PARA O HISTÓRICO SOCIAL:
-OS
INSTRUMENTOS: tudo que se interpõe entre o homem e o ambiente, ampliando e
modificando suas formas de ação;
-OS
SIGNOS: tudo que é utilizado pelo homem para representar, evocar ou tomar
presente o que está ausente constitui um signo: a palavra, o desenho e os
símbolos.
-INTERNALIZAÇÃO processo
interno de reconstrução de uma operação externa;
-INTERPSICOLÓGICO
relação entre indivíduos; - INTRAPSICOLÓGICO
– conexões com o que já temos de construção de conceitos.
PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DO MUNDO
CULTURAL: -LINGUAGEM - A linguagem socializada;
Linguagem egocêntrica; Fala interna;
-O
OUTRO SOCIAL - A interação social é a base do processo de aprendizagem
humana;
-A
METACOGNIÇÃO – A Fala interna.
-DESENVOLVIMENTO
E APRENDIZAGEM - O aprendizado impulsiona o desenvolvimento: Nível (Zona) de
desenvolvimento real > capacidade de realizar tarefas de forma
independente; Zona de desenvolvimento
proximal: é o que está em processo
de amadurecimento, o que ainda não construí e não construo sozinho;
-INTERVENÇÃO
PEDAGÓGICA - O conhecimento na sala de aula é um processo social e
compartilhado; O professor serve como guia no processo da aprendizagem;
o aluno é o sujeito da aprendizagem, aquele que aprende junto ao outro.
|
Wallon
Segundo
Wallon, a gênese da inteligência é biológica e social, ou seja, o ser humano
é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da
cultura. Seu projeto teórico foi estudar a gênese dos processos que
constituem o psiquismo humano.
Considerava
que a escola deveria perceber a criança como um ser total, concreto e ativo e
de manter-se em contato com o meio social.
CONCEITOS CENTRAIS:
Estágios
do Desenvolvimento Mental:
1º Estágio: impulsivo-emocional,
ocorre no 1° ano de vida.;
2º Estágio -Sensório-motor e projetivo:
vai até os 3 anos;
3º Estágio - Personalismo
: dos 3 aos 6 anos;
4º Estágio - Categorial
: (6-11/12 anos);
5º Estágio - Predominância funcional;
Emoção: a afetividade precede nitidamente o aparecimento das condutas; O Movimento:
as necessidades cinéticas, de movimento, e as necessidades posturais são
imprescindíveis ao desenvolvimento infantil;
CONTRIBUIÇÕES
O
papel do outro na construção do conhecimento é indiscutível. O professor
deixa de ser o agente exclusivo na formação das crianças. A interação com as
outras crianças assume um papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem
de cada uma delas. O movimento é imprescindível ao desenvolvimento da
criança. A brincadeira assume um lugar essencial no desenvolvimento da
criança. A emoção ocupa um lugar privilegiado no desenvolvimento do sujeito,
em especial da criança; os conflitos, crises e contradições são pontos
fecundos para a compreensão da pessoa humana.
SEMELHANÇAS
E DIFERENÇAS
Em
relação a construção do conhecimento, para
Piaget o conhecimento se dá a partir da relação do sujeito com o objeto
dependendo do grau de desenvolvimento das suas estruturas cognitivas. Para Vygotsky que focou sua teoria na
escola deixando claro os seguintes aspetos: Primeiro que o ser humano era um
ser Filogenético, fazia parte de uma espécie; segundo que esse ser humano
também era Ontogenético, nascia, crescia e morria; e que esse também era
Microgenético, que por mais que sejam parecidos em alguns aspectos existem
fatores genéticos individuais desse individuo. Para Wallon o desenvolvimento se dá também em estágios mas que
são diferentes da Teoria Piagetiana. Wallon além de dar importância ao corpo da
criança e a maturação biológica, considera importantíssima a emoção sendo a
mesma fator principal em sua teoria, a observação é o método
primordial, é a tentativa de entender o processo de desenvolvimento da
criança.
Relativamente
aos estágios de desenvolvimento, tanto Piaget como Wallon discorreram sobre o
assunto. Na teoria de Piaget os estágios se dividem em quatro, enquanto para
Wallon o desenvolvimento se dá em estágios, só que na sua teoria o individuo
pode continuar em dois estágios, ou seja, um estágio encontra-se dentro do
outro. Já Vygotsky nos dá o suporte
teórico enfatizando a importância do meio cultural e das relações entre os
sujeitos imersos num contexto histórico e a ênfase em seus processos de
transformação.
O
desenvolvimento humano, no modelo piagetiano, é explicado segundo o
pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o
sujeito conhecedor e o objeto a conhecer; Vygotsky irá nos trazer o que
chamamos mediação simbólica que é feita através dos signos que são
construídos culturalmente e que são compartilhados por todos, Wallon por mais
que reconheça o fator orgânico, biológico como Piaget relata que o mesmo é a
primeira condição no desenvolvimento do pensamento, sendo o primeiro, mas não
o único.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
WALLON, HENRI. A EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA DA CRIANÇA; SÃO PAULO, 2007.
VIGOTSKI, L.S. A FORMAÇÃO SOCIAL DA MENTE; SÃO PAULO; 2007.
PIAGET, Jean. A construção do real na criança. 2ª edição. Rio de Janeiro, Zahar,
1974.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e
representação. Rio de Janeiro, Zahar, 1971.
PIAGET, Jean. A linguagem e o pensamento na criança. 3ª ed. Rio de Janeiro, Fundo de Cultura, 1973.
PIAGET, J. & GRÊCO, Pierre. Aprendizagem e conhecimento. Rio de
Janeiro, Freitas Bastos, 1974.
LA TAULLE, Y. A dimensão ética na obra de Piaget.
Série Idéias n. 20. São Paulo: FDE, 1994.p. 75-82.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018
Diferenças entre Piaget, Vygotsky e Wallon
Jean PIAGET
Pesquisar como alguém
incorpora um novo conhecimento, como o constrói foi o pontapé inicial de sua
“teoria”. Postula que ao se deparar com algo novo, o indivíduo tenta remetê-lo
a qualquer coisa com que já tenha tido contato, que já conheça. Imaginemos que
nossa cabeça fosse um gavetão de arquivos, com várias pastas suspensas (que
antigo, isto nem é mais usado!) onde categorizamos tudo aquilo que sabemos.
Assim que temos contato com algo novo, é como se abríssemos este gavetão para
procurarmos algo similar, parecido, nas pastas suspensas (categorias) que já
possuímos, mas não encontramos nada similar. A esta primeira estranheza do
novo, Piaget nomeou assimilação, isto
é, reconhecer alguma coisa como diferente do que eu já conheço. A partir deste
reconhecimento, do contato com a novidade, da experimentação, o indivíduo
refina seus conhecimentos e incorpora uma nova informação, o que proporciona a
criação de um novo conceito, nova categoria, o surgimento de uma nova pasta
suspensa em nosso gavetão (ou a criação de uma subpasta). A esta nova partição
criada, organizada, sistematizada Piaget chama de esquema. Incorporado
novo esquema mental, assume-se a acomodação, que
define um conhecimento aprendido, incorporado, introjetado.
Vejamos um exemplo:
Uma criança de dois
anos e meio conhece diferentes cachorros: pretos, marrons, brancos, de pequeno,
médio e grande portes, manchados, lisos, de pelo curto, de focinhos gelados,
rabos grandes, etc. Já tem criado em seu gavetão o esquema mental “cachorro”. Numa determinada situação esta criança
se depara com um cavalo. Abre seu gavetão mental e
procura algo similar. O que tem de mais parecido é o “cachorro”. Neste momento
chama o cavalo de “cachorro gigante, ou mamãe cachorro que comeu demais”, entre
outras hipóteses. O que importa é que ela tentará “ligar” o cavalo aos animais
que já conhece. Como seu repertório é pequeno, precisará lançá-lo ao conhecido:
o cachorro. A intervenção de alguém mais experiente é essencial: é ele quem
possibilitará novo olhar para este pseudo-cachorro, com perguntas que permitam
desafios, problemas para a criança:
– Este animal é mesmo um cachorro?
Perceba seu focinho. É igual ao do cachorro? E seu corpo, já tinha visto um
cachorro deste tamanho? E as unhas? O rabo é do mesmo tamanho? Etc.
Enfim, questionamentos simples farão com
que a criança perceba que este já não se trata de um cachorro, que ele não se
enquadra neste esquema mental. Isto representa assimilação.
Depois de algumas experiências com
cavalos, desenhos, leituras, visualizações, comparações a criança conseguiu
criar nova categoria – cavalo. O reconhecimento do cavalo equivale ao conceito
de acomodação. Agora a criança já sabe o que é cavalo e o que é cachorro.
Toda esta seqüência
acontecida, do olhar algo novo a apreendê-lo, é o definido como processo
de equilibração, para Piaget. Recapitulando:
1.Criança conhece cachorro – está na
chamada zona de equilíbrio, de conforto.
2. É apresentada a um cavalo – tenta
categorizá-lo como cachorro, mas não consegue, é diferente – zona de
desequilíbrio, de desconforto.
3. De tantas experiências com um cavalo,
aprende a categorizá-lo – zona de equilíbrio, de conforto novamente.
A função do professor nesta perspectiva
é “desequilibrar os esquemas mentais do aluno”, oferecer
desafio compatível àquilo que conhece. É necessário um mecanismo contínuo de
sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos para perceber necessidades de
intervenção.
Piaget organizou também
os chamados estágios de desenvolvimento, que
determinam o nível maturacional da criança, quais suas apropriações de acordo
com seu tempo. Suas principais características:
1º período: Sensório-motor (0 a 2
anos)
§ Período de percepção,
sensação e movimento.
§ É regido pela
inteligência prática.
2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
§ Função simbólica –
linguagem – comunicação
§ Egocentrismo
(reconhece, assume, percebe o seu ponto de vista)
§ Não aceita a idéia do
acaso e tudo deve ter uma explicação – finalismo
§ Jogo simbólico = faz de
conta, imaginário
§ Animismo –
características humanas a seres inanimados
§ Realismo – materializar
suas fantasias
§ Artificialismo –
explicar fenômenos da natureza através de atitudes humanas
3º período: Operações concretas (7 a 11
ou 12 anos)
§ Reorganiza,
interioriza, antecipa ações
§ Diferencia real e
fantasia
§ Estabelece relações e
admite diferentes pontos de vista
§ Tem noções de tempo,
velocidade, espaço, causalidade
4º período: Operações formais (11 ou 12
anos em diante)
§ Esquemas conceituais
abstratos
§ Valores pessoais
Lev Semenovitch VYGOTSKY
Vygostsky tem como palavra-chave
interação social, o que implica dizer que o desenvolvimento do indivíduo se dá
através da relação com o outro, com o mundo.
O conceito de mediação simbólica trata do conceito de
intermediação, da relação homem-mundo, que acontece através de duas formas:
a) Instrumentos: objetos, ferramentas criadas pela
necessidade de intervenção do homem no mundo – ação. Se toda produção do homem
é cultura, a encara como alargadora de possibilidades. Exemplo: o homem
precisava percorrer grandes distâncias, inventou o avião, o navio, claro que o
que não está em questão é o tempo que se levou para a constituição final destas
invenções, mas sim, da necessidade atendida através da idealização.
b) Signos / símbolos: são representações. Exemplo: o
símbolo de masculino e feminino. Sentido, significado objetivo. Esta é a
primeira categoria. Na segunda, os símbolos demandam abstrações mais
elaboradas, internalizadas, reflexivas. Exemplos: noção de tempo. E quando
dizemos a palavra mesa. Uma pessoa que escuta já traz em sua memória um desenho
qualquer de mesa, a idéia do que é uma mesa, para que ela serve.
A linguagem, contemplada como instrumento
do pensamento, tem duas funções:
Comunicação: expressão,
intercâmbio social.
Categorização: de classificação,
conceituação do mundo: representa inteligência prática.
Zona de desenvolvimento proximal
Conceitos atrelados: conhecimento real e
conhecimento potencial
Conhecimento real é aquele em que
há o domínio, aquilo que se conhece, sabe, articula. É passado. Exemplo: sei
fazer arroz.
Conhecimento potencial é aquele que se
pode dominar com a ajuda de outro mais experiente, por exemplo: apesar de saber
fazer arroz, só consigo fazer risoto com a ajuda de minha avó, pois ela
organiza toda a seqüência da receita para que eu não me perca.
A distância entre o conhecimento real e
o conhecimento potencial é chamada de zona de desenvolvimento proximal. É o “lugar
imaginário” onde o professor deve atuar no aluno. Se tivermos 42 alunos numa
sala de aula, teremos 42 z.d.ps diferentes.
Henri WALLON
Defendeu a ideia da
compreensão da criança completa, concreta,
contextualizada, vista de forma integral, isto
é, não mais encarada como um adulto em miniatura, mas sim, como um ser numa
etapa de especificidades. Segundo ele são quatro os campos funcionais que visualizam a criança de modo
“integrado”:
1. As emoções: manifestação afetiva,
relação = interação criança e meio onde está inserida.
2. O movimento: primeiro sinal de
vida psíquica. Vislumbrada em duas dimensões:
a) expressiva: base das emoções, de
expressão.
b) instrumental: ação direta sobre o meio
físico, concreto. Voluntário.
3. A inteligência: 1º momento = sincretismo = misturar as coisas,
confusão = não separa qualidade do objeto. Exemplo: criança de dois anos que
tem um colega cujo nome da mãe é o mesmo da sua, não aceita a idéia (o nome
Maria é da sua mãe, não da mãe do outro).
Com as experimentações da criança sobre o
mundo, progressivas diferenciações ocorrem, o que proporciona o ampliar de seu
repertório de categorizações. Isto não quer dizer que nunca mais, após a
infância, estejamos sujeitos ao “sincretismo”. As grandes invenções, as
diferentes idéias surgem de momentos de sincretismo, de mistura, de confusão,
de possibilidades, de criatividade.
2º momento = pensamento
categorial = conceitual (acontece na idade escolar) possibilidade de pensar o
real por meio de categorias, diferenciações, classificações.
4. A contrução do “eu” como pessoa: Como constrói a
consciência de si. Inicialmente o indivíduo está na fusão emocional – No
útero materno, necessidades alimentares ou posturais têm satisfação automática.
Pós nascimento mamãe e bebê ainda são encarados como um todo, o que representa
para WALLON alto grau de sociabilidade – ela e outro = um só, para depois o
indivíduo perceber-se enquanto único, o que nomeia processo de individuação.
É caracterizado de duas formas:
– imitação do outro = maneira de “incorporar o
outro”, o outro como modelo, referência.
– negação do outro = para perceber o limite
“eu-outro” manifesto meu ponto de vista através de condutas de oposição, o que
representa a expulsão do outro em si mesmo.
Picos desta constituição acontecem com 3
e 13 anos, aproximadamente, apesar da considerar que esta diferenciação
“eu-outro” nunca é completa, total, ocorre durante toda a vida.
Pode-se assumir, segundo WALLON que a
relação destes quatro campos funcionais não é sempre de harmonia, mas sim, de
conflito.
Referências:
WALLON, HENRI. A EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA DA CRIANÇA; SÃO PAULO, 2007. VIGOTSKI, L.S. A FORMAÇÃO SOCIAL DA MENTE; SÃO PAULO; 2007. PIAGET, Jean. A construção do real na criança. 2ª edição. Rio de Janeiro, Zahar, 1974. PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro, Zahar, 1971. PIAGET, Jean. A linguagem e o pensamento na criança. 3ª ed. Rio de Janeiro, Fundo de Cultura, 1973. PIAGET, J. & GRÊCO, Pierre. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1974. LA TAULLE, Y. A dimensão ética na obra de Piaget. Série Idéias n. 20. São Paulo: FDE, 1994.p. 75-82.
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Diferenças entre Piaget,
Vygotsky e Wallon

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