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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Tabela das Teorias Psicogenéticas: Piaget, Vigotsky e Walllon na área Educacional


PIAGET


ESQUEMAS DE CONHECIMENTO:

-ASSIMILAÇÃO:  incorporar as experiências ou objetos às estratégias ou conceitos já existentes; -ACOMODAÇÃO:  modificação e ajustamento dos esquemas em função de novas experiências ou informações;
-EQUILIBRAÇÃO:  é o fator essencial e determinante no desenvolvimento do sujeito ao processo de adaptação ao meio em que vive.

ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO:

-SENSÓRIO-MOTOR:  do nascimento a cerca de 18-24 meses;
-PRÉ-OPERATÓRIO: aproximadamente entre 2 e 6/7 anos;
-OPERATÓRIO CONCRETO:  aproximadamente 7/8 até os 11/12 anos;
-OPERATÓRIO FORMAL: a partir de 11/12 anos em diante.

IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS: A aprendizagem depende do processo de desenvolvimento cognitivo; O papel da escola é dar à criança oportunidade de agir sobre os objetos de conhecimento; O papel do professor  um agente facilitador e desafiador de seus processos de elaboração; A criança é quem constrói seu próprio conhecimento.













Vigotsky


Vigotsky levantou a questão da relação entre ensino e a aprendizagem escolar e desenvolvimento cognitivo. Ele fala muito da escola, dos professores e da interação pedagógica. Para Vigotsky, a criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a linguagem na interação com os outros.

CONCEITOS CENTRAIS
Abordagem Histórico/Social; Forma de produção de trabalho humano > cultura; Mundo Histórico / Sujeito Histórico.

DO BIOLÓGICO PARA O HISTÓRICO SOCIAL:
-OS INSTRUMENTOS: tudo que se interpõe entre o homem e o ambiente, ampliando e modificando suas formas de ação;
-OS SIGNOS: tudo que é utilizado pelo homem para representar, evocar ou tomar presente o que está ausente constitui um signo: a palavra, o desenho e os símbolos.
-INTERNALIZAÇÃO  processo interno de reconstrução de uma operação externa;
-INTERPSICOLÓGICO relação entre indivíduos; -  INTRAPSICOLÓGICO – conexões com o que já temos de construção de conceitos.

PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DO MUNDO CULTURAL: -LINGUAGEM - A linguagem socializada; Linguagem egocêntrica; Fala interna;
-O OUTRO SOCIAL - A interação social é a base do processo de aprendizagem humana;
-A METACOGNIÇÃO – A Fala interna.
-DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM - O aprendizado impulsiona o desenvolvimento: Nível (Zona) de desenvolvimento real > capacidade de realizar tarefas de forma independente; Zona de desenvolvimento proximal: é o que está em processo de amadurecimento, o que ainda não construí e não construo sozinho;
-INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - O conhecimento na sala de aula é um processo social e compartilhado; O professor serve como guia no processo da aprendizagem; o aluno é o sujeito da aprendizagem, aquele que aprende junto ao outro.

Wallon
Segundo Wallon, a gênese da inteligência é biológica e social, ou seja, o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura. Seu projeto teórico foi  estudar a gênese dos processos que constituem o psiquismo humano.
Considerava que a escola deveria perceber a criança como um ser total, concreto e ativo e de manter-se em contato com o meio social.

CONCEITOS CENTRAIS:
Estágios do Desenvolvimento Mental:
1º Estágio: impulsivo-emocional, ocorre no 1° ano de vida.;
2º Estágio -Sensório-motor e projetivo: vai até os 3 anos;
3º Estágio - Personalismo : dos 3 aos 6 anos;
4º Estágio - Categorial : (6-11/12 anos);
5º Estágio - Predominância funcional; Emoção: a afetividade precede nitidamente o aparecimento das condutas; O Movimento: as necessidades cinéticas, de movimento, e as necessidades posturais são imprescindíveis ao desenvolvimento infantil;

CONTRIBUIÇÕES
O papel do outro na construção do conhecimento é indiscutível. O professor deixa de ser o agente exclusivo na formação das crianças. A interação com as outras crianças assume um papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem de cada uma delas.  O movimento é imprescindível ao desenvolvimento da criança. A brincadeira  assume um lugar essencial no desenvolvimento da criança. A emoção ocupa um lugar privilegiado no desenvolvimento do sujeito, em especial da criança; os conflitos, crises e contradições são pontos fecundos para a compreensão da pessoa humana.

SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
Em relação a construção do conhecimento, para Piaget o conhecimento se dá a partir da relação do sujeito com o objeto dependendo do grau de desenvolvimento das suas estruturas cognitivas. Para Vygotsky que focou sua teoria na escola deixando claro os seguintes aspetos: Primeiro que o ser humano era um ser Filogenético, fazia parte de uma espécie; segundo que esse ser humano também era Ontogenético, nascia, crescia e morria; e que esse também era Microgenético, que por mais que sejam parecidos em alguns aspectos existem fatores genéticos individuais desse individuo. Para Wallon o desenvolvimento se dá também em estágios mas que são diferentes da Teoria Piagetiana. Wallon além de dar importância ao corpo da criança e a maturação biológica, considera importantíssima a emoção sendo a mesma fator principal em sua teoria, a observação é o método primordial, é a tentativa de entender o processo de desenvolvimento da criança.

Relativamente aos estágios de desenvolvimento, tanto Piaget como Wallon discorreram sobre o assunto. Na teoria de Piaget os estágios se dividem em quatro, enquanto para Wallon o desenvolvimento se dá em estágios, só que na sua teoria o individuo pode continuar em dois estágios, ou seja, um estágio encontra-se dentro do outro. Já Vygotsky nos dá o suporte teórico enfatizando a importância do meio cultural e das relações entre os sujeitos imersos num contexto histórico e a ênfase em seus processos de transformação.
O desenvolvimento humano, no modelo piagetiano, é explicado segundo o pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer; Vygotsky irá nos trazer o que chamamos mediação simbólica que é feita através dos signos que são construídos culturalmente e que são compartilhados por todos, Wallon por mais que reconheça o fator orgânico, biológico como Piaget relata que o mesmo é a primeira condição no desenvolvimento do pensamento, sendo o primeiro, mas não o único.








sexta-feira, 17 de novembro de 2023

TABELA DAS DIFERENÇAS ENTRE PIAGET, VYGOTSKY E WALLON

PIAGET

Formado em Biologia, Piaget especializou-se nos estudos do conhecimento humano, concluindo tendo desenvolvido a teoria conhecida por Epistemologia Genética. Sua principal questão é: Como o ser humano constrói o conhecimento? Ele elabora sua teoria através de observação empírica e elabora os seguintes conceitos básicos:


ESQUEMAS DE CONHECIMENTO:

-ASSIMILAÇÃO:  incorporar as experiências ou objetos às estratégias ou conceitos já existentes; -ACOMODAÇÃO:  modificação e ajustamento dos esquemas em função de novas experiências ou informações;
-EQUILIBRAÇÃO:  é o fator essencial e determinante no desenvolvimento do sujeito ao processo de adaptação ao meio em que vive.

ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO:

-SENSÓRIO-MOTOR:  do nascimento a cerca de 18-24 meses;
-PRÉ-OPERATÓRIO: aproximadamente entre 2 e 6/7 anos;
-OPERATÓRIO CONCRETO:  aproximadamente 7/8 até os 11/12 anos;
-OPERATÓRIO FORMAL: a partir de 11/12 anos em diante.

IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS: A aprendizagem depende do processo de desenvolvimento cognitivo; O papel da escola é dar à criança oportunidade de agir sobre os objetos de conhecimento; O papel do professor  um agente facilitador e desafiador de seus processos de elaboração; A criança é quem constrói seu próprio conhecimento.













Vygotsky


Vygotsky levantou a questão da relação entre ensino e a aprendizagem escolar e desenvolvimento cognitivo. Ele fala muito da escola, dos professores e da interação pedagógica. Para Vygotsky, a criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a linguagem na interação com os outros.

CONCEITOS CENTRAIS
Abordagem Histórico/Social; Forma de produção de trabalho humano > cultura; Mundo Histórico / Sujeito Histórico.

DO BIOLÓGICO PARA O HISTÓRICO SOCIAL:
-OS INSTRUMENTOS: tudo que se interpõe entre o homem e o ambiente, ampliando e modificando suas formas de ação;
-OS SIGNOS: tudo que é utilizado pelo homem para representar, evocar ou tomar presente o que está ausente constitui um signo: a palavra, o desenho e os símbolos.
-INTERNALIZAÇÃO  processo interno de reconstrução de uma operação externa;
-INTERPSICOLÓGICO relação entre indivíduos; -  INTRAPSICOLÓGICO – conexões com o que já temos de construção de conceitos.

PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DO MUNDO CULTURAL: -LINGUAGEM - A linguagem socializada; Linguagem egocêntrica; Fala interna;
-O OUTRO SOCIAL - A interação social é a base do processo de aprendizagem humana;
-A METACOGNIÇÃO – A Fala interna.
-DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM - O aprendizado impulsiona o desenvolvimento: Nível (Zona) de desenvolvimento real > capacidade de realizar tarefas de forma independente; Zona de desenvolvimento proximal: é o que está em processo de amadurecimento, o que ainda não construí e não construo sozinho;
-INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - O conhecimento na sala de aula é um processo social e compartilhado; O professor serve como guia no processo da aprendizagem; o aluno é o sujeito da aprendizagem, aquele que aprende junto ao outro.

Wallon
Segundo Wallon, a gênese da inteligência é biológica e social, ou seja, o ser humano é organicamente social e sua estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura. Seu projeto teórico foi  estudar a gênese dos processos que constituem o psiquismo humano.
Considerava que a escola deveria perceber a criança como um ser total, concreto e ativo e de manter-se em contato com o meio social.

CONCEITOS CENTRAIS:
Estágios do Desenvolvimento Mental:
1º Estágio: impulsivo-emocional, ocorre no 1° ano de vida.;
2º Estágio -Sensório-motor e projetivo: vai até os 3 anos;
3º Estágio - Personalismo : dos 3 aos 6 anos;
4º Estágio - Categorial : (6-11/12 anos);
5º Estágio - Predominância funcional; Emoção: a afetividade precede nitidamente o aparecimento das condutas; O Movimento: as necessidades cinéticas, de movimento, e as necessidades posturais são imprescindíveis ao desenvolvimento infantil;

CONTRIBUIÇÕES
O papel do outro na construção do conhecimento é indiscutível. O professor deixa de ser o agente exclusivo na formação das crianças. A interação com as outras crianças assume um papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem de cada uma delas.  O movimento é imprescindível ao desenvolvimento da criança. A brincadeira  assume um lugar essencial no desenvolvimento da criança. A emoção ocupa um lugar privilegiado no desenvolvimento do sujeito, em especial da criança; os conflitos, crises e contradições são pontos fecundos para a compreensão da pessoa humana.

SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
Em relação a construção do conhecimento, para Piaget o conhecimento se dá a partir da relação do sujeito com o objeto dependendo do grau de desenvolvimento das suas estruturas cognitivas. Para Vygotsky que focou sua teoria na escola deixando claro os seguintes aspetos: Primeiro que o ser humano era um ser Filogenético, fazia parte de uma espécie; segundo que esse ser humano também era Ontogenético, nascia, crescia e morria; e que esse também era Microgenético, que por mais que sejam parecidos em alguns aspectos existem fatores genéticos individuais desse individuo. Para Wallon o desenvolvimento se dá também em estágios mas que são diferentes da Teoria Piagetiana. Wallon além de dar importância ao corpo da criança e a maturação biológica, considera importantíssima a emoção sendo a mesma fator principal em sua teoria, a observação é o método primordial, é a tentativa de entender o processo de desenvolvimento da criança.

Relativamente aos estágios de desenvolvimento, tanto Piaget como Wallon discorreram sobre o assunto. Na teoria de Piaget os estágios se dividem em quatro, enquanto para Wallon o desenvolvimento se dá em estágios, só que na sua teoria o individuo pode continuar em dois estágios, ou seja, um estágio encontra-se dentro do outro. Já Vygotsky nos dá o suporte teórico enfatizando a importância do meio cultural e das relações entre os sujeitos imersos num contexto histórico e a ênfase em seus processos de transformação.
O desenvolvimento humano, no modelo piagetiano, é explicado segundo o pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer; Vygotsky irá nos trazer o que chamamos mediação simbólica que é feita através dos signos que são construídos culturalmente e que são compartilhados por todos, Wallon por mais que reconheça o fator orgânico, biológico como Piaget relata que o mesmo é a primeira condição no desenvolvimento do pensamento, sendo o primeiro, mas não o único.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:


WALLON, HENRI. A EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA DA CRIANÇA; SÃO PAULO, 2007.
VIGOTSKI, L.S. A FORMAÇÃO SOCIAL DA MENTE; SÃO PAULO; 2007.
PIAGET, Jean. A construção do real na criança. 2ª edição. Rio de Janeiro, Zahar, 1974.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro, Zahar, 1971.
PIAGET, Jean. A linguagem e o pensamento na criança. 3ª ed. Rio de Janeiro,  Fundo de Cultura, 1973.
PIAGET, J. & GRÊCO, Pierre. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro, Freitas Bastos,  1974.
LA TAULLE, Y. A dimensão ética na obra de Piaget. Série Idéias n. 20. São Paulo: FDE, 1994.p. 75-82.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Diferenças entre Piaget, Vygotsky e Wallon


Jean PIAGET

Pesquisar como alguém incorpora um novo conhecimento, como o constrói foi o pontapé inicial de sua “teoria”. Postula que ao se deparar com algo novo, o indivíduo tenta remetê-lo a qualquer coisa com que já tenha tido contato, que já conheça. Imaginemos que nossa cabeça fosse um gavetão de arquivos, com várias pastas suspensas (que antigo, isto nem é mais usado!) onde categorizamos tudo aquilo que sabemos. Assim que temos contato com algo novo, é como se abríssemos este gavetão para procurarmos algo similar, parecido, nas pastas suspensas (categorias) que já possuímos, mas não encontramos nada similar. A esta primeira estranheza do novo, Piaget nomeou assimilação, isto é, reconhecer alguma coisa como diferente do que eu já conheço. A partir deste reconhecimento, do contato com a novidade, da experimentação, o indivíduo refina seus conhecimentos e incorpora uma nova informação, o que proporciona a criação de um novo conceito, nova categoria, o surgimento de uma nova pasta suspensa em nosso gavetão (ou a criação de uma subpasta). A esta nova partição criada, organizada, sistematizada Piaget chama de esquema. Incorporado novo esquema mental, assume-se a acomodação, que define um conhecimento aprendido, incorporado, introjetado.

Vejamos um exemplo:
Uma criança de dois anos e meio conhece diferentes cachorros: pretos, marrons, brancos, de pequeno, médio e grande portes, manchados, lisos, de pelo curto, de focinhos gelados, rabos grandes, etc. Já tem criado em seu gavetão o esquema mental “cachorro”. Numa determinada situação esta criança se depara com um cavalo. Abre seu gavetão mental e procura algo similar. O que tem de mais parecido é o “cachorro”. Neste momento chama o cavalo de “cachorro gigante, ou mamãe cachorro que comeu demais”, entre outras hipóteses. O que importa é que ela tentará “ligar” o cavalo aos animais que já conhece. Como seu repertório é pequeno, precisará lançá-lo ao conhecido: o cachorro. A intervenção de alguém mais experiente é essencial: é ele quem possibilitará novo olhar para este pseudo-cachorro, com perguntas que permitam desafios, problemas para a criança:
– Este animal é mesmo um cachorro? Perceba seu focinho. É igual ao do cachorro? E seu corpo, já tinha visto um cachorro deste tamanho? E as unhas? O rabo é do mesmo tamanho? Etc.
Enfim, questionamentos simples farão com que a criança perceba que este já não se trata de um cachorro, que ele não se enquadra neste esquema mental. Isto representa assimilação.
Depois de algumas experiências com cavalos, desenhos, leituras, visualizações, comparações a criança conseguiu criar nova categoria – cavalo. O reconhecimento do cavalo equivale ao conceito de acomodação. Agora a criança já sabe o que é cavalo e o que é cachorro.
Toda esta seqüência acontecida, do olhar algo novo a apreendê-lo, é o definido como processo de equilibração, para Piaget. Recapitulando:

1.Criança conhece cachorro – está na chamada zona de equilíbrio, de conforto.
2. É apresentada a um cavalo – tenta categorizá-lo como cachorro, mas não consegue, é diferente – zona de desequilíbrio, de desconforto.
3. De tantas experiências com um cavalo, aprende a categorizá-lo – zona de equilíbrio, de conforto novamente.
A função do professor nesta perspectiva é “desequilibrar os esquemas mentais do aluno”, oferecer desafio compatível àquilo que conhece. É necessário um mecanismo contínuo de sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos para perceber necessidades de intervenção.
Piaget organizou também os chamados estágios de desenvolvimento, que determinam o nível maturacional da criança, quais suas apropriações de acordo com seu tempo. Suas principais características:

1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
§  Período de percepção, sensação e movimento.
§  É regido pela inteligência prática.

2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
§  Função simbólica – linguagem – comunicação
§  Egocentrismo (reconhece, assume, percebe o seu ponto de vista)
§  Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação – finalismo
§  Jogo simbólico = faz de conta, imaginário
§  Animismo – características humanas a seres inanimados
§  Realismo – materializar suas fantasias
§  Artificialismo – explicar fenômenos da natureza através de atitudes humanas

3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
§  Reorganiza, interioriza, antecipa ações
§  Diferencia real e fantasia
§  Estabelece relações e admite diferentes pontos de vista
§  Tem noções de tempo, velocidade, espaço, causalidade

4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)
§  Esquemas conceituais abstratos
§  Valores pessoais


Lev Semenovitch VYGOTSKY

Vygostsky tem como palavra-chave interação social, o que implica dizer que o desenvolvimento do indivíduo se dá através da relação com o outro, com o mundo.
O conceito de mediação simbólica trata do conceito de intermediação, da relação homem-mundo, que acontece através de duas formas:
a) Instrumentos: objetos, ferramentas criadas pela necessidade de intervenção do homem no mundo – ação. Se toda produção do homem é cultura, a encara como alargadora de possibilidades. Exemplo: o homem precisava percorrer grandes distâncias, inventou o avião, o navio, claro que o que não está em questão é o tempo que se levou para a constituição final destas invenções, mas sim, da necessidade atendida através da idealização.
b) Signos / símbolos: são representações. Exemplo: o símbolo de masculino e feminino. Sentido, significado objetivo. Esta é a primeira categoria. Na segunda, os símbolos demandam abstrações mais elaboradas, internalizadas, reflexivas. Exemplos: noção de tempo. E quando dizemos a palavra mesa. Uma pessoa que escuta já traz em sua memória um desenho qualquer de mesa, a idéia do que é uma mesa, para que ela serve.
A linguagem, contemplada como instrumento do pensamento, tem duas funções:
Comunicação: expressão, intercâmbio social.

Categorização: de classificação, conceituação do mundo: representa inteligência prática.

Zona de desenvolvimento proximal
Conceitos atrelados: conhecimento real e conhecimento potencial
Conhecimento real é aquele em que há o domínio, aquilo que se conhece, sabe, articula. É passado. Exemplo: sei fazer arroz.

Conhecimento potencial é aquele que se pode dominar com a ajuda de outro mais experiente, por exemplo: apesar de saber fazer arroz, só consigo fazer risoto com a ajuda de minha avó, pois ela organiza toda a seqüência da receita para que eu não me perca.

A distância entre o conhecimento real e o conhecimento potencial é chamada de zona de desenvolvimento proximal. É o “lugar imaginário” onde o professor deve atuar no aluno. Se tivermos 42 alunos numa sala de aula, teremos 42 z.d.ps diferentes.

Henri WALLON

Defendeu a ideia da compreensão da criança completa, concreta, contextualizada, vista de forma integral, isto é, não mais encarada como um adulto em miniatura, mas sim, como um ser numa etapa de especificidades. Segundo ele são quatro os campos funcionais que visualizam a criança de modo “integrado”:

1. As emoções: manifestação afetiva, relação = interação criança e meio onde está inserida.

2. O movimento: primeiro sinal de vida psíquica. Vislumbrada em duas dimensões:
a) expressiva: base das emoções, de expressão.
b) instrumental: ação direta sobre o meio físico, concreto. Voluntário.
3. A inteligência1º momento = sincretismo = misturar as coisas, confusão = não separa qualidade do objeto. Exemplo: criança de dois anos que tem um colega cujo nome da mãe é o mesmo da sua, não aceita a idéia (o nome Maria é da sua mãe, não da mãe do outro).
Com as experimentações da criança sobre o mundo, progressivas diferenciações ocorrem, o que proporciona o ampliar de seu repertório de categorizações. Isto não quer dizer que nunca mais, após a infância, estejamos sujeitos ao “sincretismo”. As grandes invenções, as diferentes idéias surgem de momentos de sincretismo, de mistura, de confusão, de possibilidades, de criatividade.
2º momento = pensamento categorial = conceitual (acontece na idade escolar) possibilidade de pensar o real por meio de categorias, diferenciações, classificações.

4. A contrução do “eu” como pessoa: Como constrói a consciência de si.  Inicialmente o indivíduo está na fusão emocional – No útero materno, necessidades alimentares ou posturais têm satisfação automática. Pós nascimento mamãe e bebê ainda são encarados como um todo, o que representa para WALLON alto grau de sociabilidade – ela e outro = um só, para depois o indivíduo perceber-se enquanto único, o que nomeia processo de individuação.

É caracterizado de duas formas:
– imitação do outro = maneira de “incorporar o outro”, o outro como modelo, referência.

– negação do outro = para perceber o limite “eu-outro” manifesto meu ponto de vista através de condutas de oposição, o que representa a expulsão do outro em si mesmo.

Picos desta constituição acontecem com 3 e 13 anos, aproximadamente, apesar da considerar que esta diferenciação “eu-outro” nunca é completa, total, ocorre durante toda a vida.
Pode-se assumir, segundo WALLON que a relação destes quatro campos funcionais não é sempre de harmonia, mas sim, de conflito.
Referências:

WALLON, HENRI. A EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA DA CRIANÇA; SÃO PAULO, 2007.
VIGOTSKI, L.S. A FORMAÇÃO SOCIAL DA MENTE; SÃO PAULO; 2007.
PIAGET, Jean. A construção do real na criança. 2ª edição. Rio de Janeiro, Zahar, 1974.
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro, Zahar, 1971.
PIAGET, Jean. A linguagem e o pensamento na criança. 3ª ed. Rio de Janeiro,  Fundo de Cultura, 1973.
PIAGET, J. & GRÊCO, Pierre. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro, Freitas Bastos,  1974.
LA TAULLE, Y. A dimensão ética na obra de Piaget. Série Idéias n. 20. São Paulo: FDE, 1994.p. 75-82.