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domingo, 3 de junho de 2018

Atividades com giz

Objetivo(s) 

- Promover momentos de vivência lúdica e socialização.
- Favorecer o aprendizado de regras.
- Trabalhar o movimento e a expressão corporal.

Conteúdo(s) 

Movimento.

Ano(s) 

Creche, Pré-escola

Tempo estimado 

O ano todo, uma vez por semana.

Material necessário 

Giz (ou carvão) e pedrinhas.

Desenvolvimento 

1ª etapa 
Regras do caracol
Para a creche Uma por vez, as crianças saltam, de casa em casa, em direção ao centro do caracol, que é o céu. Chegando lá, descansam e voltam à primeira casa. Elas podem pular com os dois pés e, para isso, as casas são um pouco maiores do que as usadas com as turmas do pré. Não vale pisar nas linhas ou fora.
Para a pré-escola As casas podem ser um pouco menores e numeradas e só vale pular num pé só. Cada criança lança uma pedrinha no 1 e começa a pular de casa em casa a partir do número 2. No céu, ela descansa e faz o percurso de volta, recolhendo a pedra e continuando os pulos até terminar. Já fora do caracol, ela lança a pedrinha no 2, no 3 e assim por diante. Quem pisar nas linhas, saltar fora, jogar a pedra na casa errada ou se esquecer de pegá-la perderá a vez.

Regras da toca do coelho 
Para a creche O número de círculos é igual ao de crianças. Cada uma se posiciona dentro de uma toca. Juntas, todas cantam o versinho "coelho sai da toca, um, dois, três!". No fim da frase, todos saem de seu círculo e procuram um novo o mais rápido que conseguirem. Nessa faixa etária, a simples troca de toca já é um desafio.
Para a pré-escola Há um círculo a menos do que o número de crianças. Elas tiram na sorte quem será a raposa, ou seja, o pegador. O restante da turma, depois de cantar "coelho sai da toca, um, dois, três!", trocam de casa enquanto a raposa tenta capturar um coelho. Quem for pego se torna o novo pegador.

Regras do labirinto 
Para a creche Uma possibilidade é estabelecer um ponto no desenho, bem distante da criança, e pedir para que ela chegue até lá. O desafio é seguir apenas pelas linhas riscadas no chão.
Para a pré-escola As crianças tiram na sorte quem será o pegador, que começa o jogo no centro do círculo. Os demais participantes escolhem posições em outros lugares do circuito. Só é permitido andar e correr sobre as linhas. Ao encontrar um amigo, é preciso dar a volta e escolher outro caminho. Quem for capturado também passa a seguir os amigos. Vence o último a ser pego. Se a classe for grande, divida a turma em blocos para evitar congestionamentos.

Regras do circuito 
Para a creche As crianças percorrem trilhas riscadas no chão pisando em linhas retas e curvas. A graça é variar os modos de completar os circuitos: caminhando depressa, pulando com os dois pés, andando de lado ou com as mãos dadas com um amigo.
Para a pré-escola Além de ganhar círculos e elipses de diferentes tamanhos, o circuito pode conter elementos variados, incluídos pelo professor e também pelos pequenos. Alguns exemplos: colchonetes para cambalhotas, cordas que vão de um apoio a outro para que elas passem por baixo, túneis e rolos como obstáculos para saltos. No início da brincadeira, mostre como atravessar os obstáculos. Em um segundo momento, deixe trechos em branco para que as crianças inventem movimentos ou bifurque o caminho para que elas escolham entre um e outro desafio. Mais tarde, também é possível dividir a turma em grupos para que construam percursos sozinhos.

Avaliação 

De acordo com a faixa etária das crianças, observe se elas praticam os movimentos exigidos com mais qualidade, incluem novas expressões corporais em seu repertório, aproveitam as oportunidades de socialização para avançar em questões como colaboração e competição, conseguem seguir regras cada vez mais elaboradas e constroem jogos.
Créditos: Ana Paula Yazbek Formação: Pedagoga e capacitadora de professores do Centro de Estudos da Escola da Vila, Créditos: Fernanda Ferrari Arantes Formação: Psicóloga, psicanalista e professora de Educação Infantil da Escola Viva. Créditos: Marcelo Jabu Formação: Autor dos PCNs de Educação Física.
https://novaescola.org.br/conteudo/5571/atividades-com-giz

Brincadeiras na frente do espelho

Objetivo(s) 

  • Familiarizar-se com a imagem do corpo.
  • Trabalhar imitações, gestos e expressões.
  • Construir a identidade.

Ano(s) 

Creche

Tempo estimado 

De 15 a 20 minutos por dia.

Material necessário 

Dois espelhos grandes (de preferência presos à parede), cartazetes com fotos de diferentes expressões faciais retiradas de revistas ou da internet, aparelho de som, fantasias, bijuterias, chapéus, maquiagem infantil e colchonete.

Desenvolvimento 

1ª etapa 
Todas as atividades devem ser feitas em frente aos espelhos, sempre estimulando a observação.

Atividade 1 
Incentive os pequenos a observar a própria imagem. Peça que eles toquem diferentes partes do corpo. Proponha brincadeiras como balançar os cabelos, levantar os ombros e cruzar os braços. Estimule-os a imitar os gestos dos colegas: Vejam a careta do João! Vamos fazer igual?

Atividade 2 
Coloque músicas do cancioneiro popular (Caranguejo Não É Peixe, Cabeça, Ombro, Perna e Pé etc.) que abordem partes do corpo ou sugiram movimentos. O objetivo é se aventurar em novos gestos e imitar os colegas.

Atividade 3 
Proponha agora a brincadeira seu-mestre-mandou. Com todos em pé, dê os comandos: Cruzar as pernas!, Ajoelhar-se!. A cada posição, estimule-os a se observar e testar possibilidades de movimento.

Atividade 4 
Para brincar com expressões faciais, mostre cartazetes com diversas fisionomias. Depois, sugira que a garotada faça caretas variadas.

Atividade 5 
Hora do faz-de-conta: sugira que cada um escolha se quer brincar de casinha, fantasiar-se ou maquiar-se. Ofereça novas possibilidades de acessórios e de brincadeiras.

Avaliação 

Observe se houve concentração, interação com o espelho e com os colegas e exploração dos gestos e materiais. Sempre que possível, repita a seqüência com outras propostas e brincadeiras.

Flexibilização 

Tocar as diferentes partes do corpo é muito importante para a criança com deficiência visual. Descreva os gestos feitos pelas outras crianças e, nas primeiras vezes, ajude a criança a imitar. Você também pode ampliar o tempo de realização das atividades propostas, permitindo que a criança toque nos colegas. O estímulo auditivo também é fundamental. Músicas, barulhos e comandos sonoros podem ajudar. Na atividade das caretas, você pode trabalhar com sons (todo mundo faz barulho de riso, todo mundo imita choro). Oferecer um espaço adequado para que esta criança também possa desenvolver a sua mobilidade é outra ação fundamental. Organize os cantos da creche de modo que o bebê possa explorar os espaços e localizar-se no ambiente, garantindo a sua progressiva autonomia.

Deficiências 

Visual
Créditos: Caroline Folgar Formação: Coordenadora pedagógica da Creche Gota de Leite, em Santos.
https://novaescola.org.br/conteudo/5638/brincadeiras-na-frente-do-espelho

Atividade de pintura, desenho, colagem e modelagem

Objetivo(s) 

  • Desenvolver a autonomia.
  • Promover o percurso criador em atividades de pintura, desenho, colagem, modelagem.

Ano(s) 

Creche

Material necessário 

  • argila
  • cola
  • giz de cera
  • papéis
  • potes de tinta
  • caixas de tamanhos variados
  • sucatas miúdas para acabamento (botões, barbantes, purpurina etc.)

Desenvolvimento 

1ª etapa 
Prepare dois ambientes com a seguinte organização: em um deles, disponha sobre uma mesa argila, papéis de tamanhos e espessuras variados. Apresente os materiais para as crianças e deixe que criem desenhos e esculturas, decidindo com o que querem trabalhar e de que maneira vão realizar suas produções. Fique próximo das crianças, orientando quando elas não conseguem utilizar algum dos materiais ou se ameaçam colocar algo na boca, por exemplo. Em outra mesa, disponibilize materiais de acabamento para o trabalho feito no momento anterior. Explique a função dessa etapa: com a colagem de pequenos objetos, como barbante ou purpurina, e pintura de detalhes com cores variadas, podem pensar na finalização das peças.

Avaliação 

Veja se as crianças ficam um tempo maior entretidas na atividade, planejam o que querem criar e escolhem quais materiais utilizar para conseguir o resultado desejado. Esteja atento às necessidades de todos - se estão satisfeitos com o que estão fazendo ou se precisam de auxílio.

Flexibilização 

Os alunos com deficiência motora de qualquer ordem devem ter garantido o acesso aos materiais e ser estimulados a produzir da melhor forma que conseguirem. A ajuda necessária, sempre que possível, deve partir dos colegas, seja para alcançar o pote de tinta, manusear materiais pequenos, ou movimentar pincel e lápis em suas produções. Mais importante que tudo isso, é garantir que todos se sintam autores das próprias obras, o que nem sempre acontece quando a ajuda é muita. Portanto, é fundamental que tanto o professor, quanto as crianças deixem que o aluno com deficiência física faça suas escolhas e, pouco a pouco, aprenda a pedir ajuda apenas para o necessário.  

Deficiências 

Física
Créditos: Priscila Monteiro Formação: Coordenadora do Programa Além dos Números, do Instituto Avisalá, em São Paulo, e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10 Créditos: Maria da Paz Castro (Gunga) Formação: Orientadora de Práticas Inclusivas da Escola da Vila, São Paulo, SP
https://novaescola.org.br/conteudo/5561/atividade-de-pintura-desenho-colagem-e-modelagem

Colagem com elementos da Natureza

Por: novaescola

Objetivo(s) 

  • Observar os elementos da natureza
  • Explorar os elementos da natureza constituindo uma colagem
  • Fazer colagem

Conteúdo(s) 

  • Colagem
  • Pesquisa de materiais

Tempo estimado 

Cinco atividades de vinte minutos cada.

Material necessário 

  • 1 tubo de cola branca de 500 gr
  • Bandeja de isopor ou plástico
  • Rolinho de espuma
  • Pincel
  • Elementos da natureza: folhas, grãos, sementes, casca de árvore, flores, areia, terra...
  • Colher
  • Papelão

Desenvolvimento 

1ª etapa 
Introdução 
O olhar investigativo da criança é valorizado nesta proposta que parte da coleta de elementos da natureza que constituirão a colagem.

Em roda, contar para as crianças que farão um trabalho de colagem, mas que antes terão que coletar o material no parque e na cozinha. Contar quais são os materiais, mostrar algumas folhas, observando a forma, cor, textura, falar, também, do pó de café. Ir com as crianças até a cozinha para pedir a cozinheira que separe borra de café. Andar com as crianças pelo parque colhendo folhas, grãos, sementes, flores, casca de árvore, areia, terra...guardar em baldes.
2ª etapa 
Em roda, espalhar o que coletaram sobre uma toalha plástica e organizar os materiais nas bandejas com as crianças.
3ª etapa 
Em roda, lembrar as crianças para pedirem a borra de café para a cozinheira, combinar o que terão que falar; ir com elas até a cozinha e ajudá-las a pedir a borra de café.
Em roda, propor que as crianças manuseiem a borra de café; conversar sobre a questão da umidade e contar que precisam deixá-la seca. Perguntar como poderão fazer para secar. Ouvir as sugestões e acatar o que for possível.

Se não houver sugestões cabíveis, proponha que espalhem a borra de café em bandejas e deixe-as secar ao sol, para tanto, forre o chão com toalha plástica ou jornal, separe a borra de café em potes e distribua colheres e bandejas para que as crianças possam espalhar a borra do café nas bandejas.
4ª etapa 
Em roda, combinar com as crianças que farão a colagem dos materiais coletados. Mostrar a elas que primeiro terão que passar cola com rolinho de espuma e depois colarão os materiais. Propor uma colagem coletiva, em que cada criança faça uma parte. O professor não deve fazer, para que assim o produto seja das crianças e para que este não seja um modelo a ser seguido.

Forrar o chão com jornal e colocar em fila os materiais, as crianças sentarão de um lado e do outro das bandejas e entremeando algumas das bandejas coloque uma com cola, juntamente com os rolinhos e os pincéis.

Distribua um papelão para cada criança. Acompanhe o trabalho das crianças, observando se estão passando cola antes de colocar os materiais, se há pouca cola ou se estão pondo muitos elementos sobrepostos sem por mais cola. As folhas e flores secas podem ser trituradas com as mãos. Valorize a exploração dos materiais, as soluções encontradas individualmente. Haverá produtos que se parecem mais com pintura, por exemplo, os que tenham mais exploração do pó de café e de terra. Deixe secar.
5ª etapa 
Expor as colagens em lugar acessível às crianças e aos pais, converse com os pequenos, apreciando o resultado, valorizando a combinação de cor, de elementos, de exploração dos materiais. Dê um título à exposição e coloque o nome de cada criança junto ao seu produto. Se possível conte aos pais como foi realizado o trabalho, pode haver, também, um pequeno texto contando o processo.
 
Quer saber mais?
Bibliografia
Fazer e Pensar Arte, Anna Marie Holm, 161 págs, publicado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Baby- Art, Os primeiros passos com a arte, Anna Marie Holm, 94 págs, publicado pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Bambini, Arte, artisti, 157 págs, publicado pela Reggio Children.
 

Avaliação 

A avaliação é processual, o professor acompanha a participação das crianças, incentivando-as individualmente. O momento da apreciação da exposição traz indícios da exploração e contribui para a apuração do olhar de todos os envolvidos.
Créditos: Helô Pacheco Formação: Professora da Escola Vera Cruz, formadora do Instituto Avisa lá e do CEDA Chttps://novaescola.org.br/conteudo/5709/colagem-com-elementos-da-natureza

sábado, 12 de maio de 2018

atividades - Descobrimento do Brasil







sábado, 14 de abril de 2018

Os dez melhores planos de aula para Educação Infantil

O conceito de afetividade de Henri Wallon

O conceito de afetividade de Henri Wallon

Henri Wallon inovou ao colocar a afetividade como um dos aspectos centrais do desenvolvimento
Salvar
Por: Fernanda Salla
O conceito de afetividade de Henri Wallon
Crédito: Getty Images
Quando uma mãe abre os braços para receber um bebê que dá seus primeiros passos, expressa com gestos a intenção de acolhê-lo e ele reage caminhando em sua direção. Com esse movimento, a criança amplia seu conhecimento e é estimulada a aprender a andar. Assim como ela, toda pessoa é afetada tanto por elementos externos - o olhar do outro, um objeto que chama a atenção, uma informação que recebe do meio - quanto por sensações internas - medo, alegria, fome - e responde a eles. Essa condição humana recebe o nome de afetividade e é crucial para o desenvolvimento. Diferentemente do que se pensa, o conceito não é sinônimo de carinho e amor (leia o resumo no quadro abaixo). "Todo ser humano é afetado positiva e negativamente e reage a esses estímulos", explica Abigail Alvarenga Mahoney, pesquisadora convidada do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 

Grandes estudiosos, como Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934), já atribuíam importância à afetividade no processo evolutivo, mas foi o educador francês Henri Wallon (1879-1962) que se aprofundou na questão. Ao estudar a criança, ele não coloca a inteligência como o principal componente do desenvolvimento, mas defende que a vida psíquica é formada por três dimensões - motora, afetiva e cognitiva -, que coexistem e atuam de forma integrada. "O que é conquistado em um plano atinge o outro mesmo que não se tenha consciência disso", diz Laurinda Ramalho de Almeida, vice-coordenadora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação, da PUC-SP. No exemplo dado, ao andar, o bebê desenvolve suas dimensões motora e cognitiva, com base em um estímulo afetivo. Um olhar repressor da mãe poderia impedi-lo de aprender. 

Wallon defende que o processo de evolução depende tanto da capacidade biológica do sujeito quanto do ambiente, que o afeta de alguma forma. Ele nasce com um equipamento orgânico, que lhe dá determinados recursos, mas é o meio que vai permitir que essas potencialidades se desenvolvam. "Uma criança com um aparelho fonador em perfeitas condições, por exemplo, só vai desenvolver a fala se estiver em um ambiente que desperte isso, com falantes que possam ser imitados e outros mecanismos de aprendizagem", explica Laurinda (saiba mais no trecho de livro na página seguinte). 

Assim como Piaget, Wallon divide o desenvolvimento em etapas, que para ele são cinco: impulsivo-emocional; sensório-motor e projetivo; personalismo; categorial; e puberdade e adolescência. Ao longo desse processo, a afetividade e a inteligência se alternam. No primeiro ano de vida, a função que predomina é a afetividade. O bebê a usa para se expressar e interagir com as pessoas, que reagem a essas manifestações e intermediam a relação dele com o ambiente. Depois, na etapa sensório-motora e projetiva, a inteligência prepondera. É o momento em que a criança começa a andar, falar e manipular objetos e está voltada para o exterior, ou seja, para o conhecimento. Essas mudanças não significam, no entanto, que uma das funções desaparece. Como explica Izabel Galvão no livro Henri Wallon: Uma Concepção Dialética do Desenvolvimento Infantil, "apesar de alternarem a dominância, afetividade e cognição não são funções exteriores uma à outra. Ao reaparecer como atividade predominante, uma incorpora as conquistas da anterior".


As três manifestações da afetividade

Wallon mostra que a afetividade é expressa de três maneiras: por meio da emoção, do sentimento e da paixão. Essas manifestações surgem durante toda a vida do indivíduo, mas, assim como o pensamento infantil, apresentam uma evolução, que caminha do sincrético para o diferencial. A emoção, segundo o educador, é a primeira expressão da afetividade. Ela tem uma ativação orgânica, ou seja, não é controlada pela razão. Quando alguém é assaltado e fica com medo, por exemplo, pode sair correndo mesmo sabendo que não é a melhor forma de reagir. 

O sentimento, por sua vez, já tem um caráter mais cognitivo. Ele é a representação da sensação e surge nos momentos em que a pessoa já consegue falar sobre o que lhe afeta - ao comenta um momento de tristeza, por exemplo. Já a paixão tem como característica o autocontrole em função de um objetivo. Ela se manifesta quando o indivíduo domina o medo, por exemplo, para sair de uma situação de perigo. . 

Pelo fato de ser mais visível que as outras duas manifestações, a emoção é tida por Wallon como a forma mais expressiva de afetividade e ganha destaque dentro de suas obras. Ao observar as reações emotivas, ele encontra indicadores para analisar as estratégias usadas em sala de aula (leia a questão de concurso acima). "Se o professor consegue entender o que ocorre quando o aluno está cansado ou desmotivado, por exemplo, é capaz de usar a informação a favor do conhecimento, controlando a situação", explica Laurinda. Não é possível falar em afetividade sem falar em emoção, porém os dois termos não são sinônimos. Na próxima reportagem da série, você vai conhecer mais a fundo as teorias de Wallon sobre essa importante expressão, tida como o primeiro recurso de interação do indivíduo com o meio.


Trecho de livro

"O espaço não é primitivamente uma ordem entre as coisas, é antes uma qualidade das coisas em relação a nós próprios, e nessa relação é grande o papel da afetividade, da pertença, do aproximar ou do evitar, da proximidade ou do afastamento." 
Henri Wallon no livro Do Ato ao Pensamento 

Comentário 
Neste trecho, Wallon mostra que a afetividade está sempre presente em todos os momentos, movimentos e circunstâncias de nossas ações, assim como o ato motor e a cognição. O espaço permite a aproximação ou o retraimento em relação a sensações de bem-estar ou mal-estar. É importante saber o que a escola, a sala de aula, a distribuição das carteiras e a organização do ambiente provocam nos alunos: abraço ou repulsa. 

Consultoria Abigail Alvarenga Mahoney


Questão de concurso

Prefeitura Municipal de Alagoinha, PB, 2010
Concurso para Professor de Ciências

Julgue os itens abaixo como verdadeiro ou falso segundo a classificação dos objetivos de ensino no que se refere aos domínios. 

I ( ) O professor deve dar mais importância ao desenvolvimento intelectual do que aos aspectos afetivos e psicomotores. 

II ( ) Dependendo do contexto e das pessoas que partilham uma relação social, o significado e a manifestação das emoções mudam. 

III ( ) Na sala de aula, deve-se planejar o desenvolvimento da inteligência e deixar que o da afetividade e o psicomotor aconteçam espontaneamente. 

IV ( ) Na aprendizagem devem ser considerados os domínios cognitivo, afetivo e psicomotor. 

A sequência correta é: 
a) F-F-F-V 
b) F-V-V-F 
c) V-F-F-V 
d) F-V-F-V 
e) V-V-V-F 

Resposta correta: D 

Comentário
As alternativas verdadeiras são a II e a IV. A II confirma que as circunstâncias em que ocorrem as relações sociais numa sala de aula alteram as emoções predominantes. A IV traduz o princípio da integração da vida psíquica proposto por Wallon. A III está errada, pois, ao planejar o conteúdo e desenvolvê-lo, interferimos no afetivo e no motor. Já a I, apesar de o concurso considerar errada, pode ser aceita se entendermos que a principal função docente é promover o aprendizado do conteúdo (cognição).

Consultoria Abigail Alvarenga Mahoney

Resumo do conceito
AfetividadeElaborador: Henri Wallon (1879-1962) 

O termo se refere à capacidade do ser humano de ser afetado positiva ou negativamente tanto por sensações internas como externas. A afetividade é um dos conjuntos funcionais da pessoa e atua, juntamente com a cognição e o ato motor, no processo de desenvolvimento e construção do conhecimento.
Referência:  
https://novaescola.org.br/conteudo/264/0-conceito-de-afetividade-de-henri-wallon