Como fazer um relatório de avaliação diagnóstica?
O relatório de
avaliação diagnóstica é um documento que indica o desenvolvimento dos
estudantes nos seus testes. Ele auxilia no registro das informações para guiar
possíveis alterações no plano de aula, e também para efeito de comparações
futuras.
Todo relatório de
avaliação diagnóstica deve conter componentes como:
1.
Introdução.
2.
Descrição da
atividade que foi objeto da avaliação.
3.
Descrição do
processo de avaliação.
4.
Apresentação dos
principais resultados.
5.
Análise e discussão
dos resultados e da avaliação.
6.
Conclusões e
recomendações.
Vale lembrar que o
indicado é que seja realizado um relatório por aluno, além de um para
toda turma. Ou, ao menos, um relatório para turma e outros que
contemplam grupos de alunos com desempenhos semelhantes.
Na fase de análise
e discussão dos resultados, é interessante analisar o rendimento de cada aluno
em comparação com a média da turma. Outra sugestão é preparar gráficos e
tabelas a fim de organizar com mais clareza as informações reveladas nas
avaliações de cada estudante e a relação entre os resultados.
Já na etapa de
conclusões e recomendações, temos o espaço para analisar e indicar o que pode ou vai ser
adaptado no plano de aula após o diagnóstico dos
alunos.
Lembramos mais uma
vez que plataformas de aprendizagem, muitas vezes, já oferecem os dados
necessários para enriquecer os relatórios de avaliação diagnóstica. É possível
gerar tabelas e gráficos com essas informações, cruzar os dados, e assim gerar
comparações de maneira mais prática e assertiva.
O que fazer após a realização da avaliação
diagnóstica?
Como já dito
anteriormente, a avaliação diagnóstica não pode ser um fim em si mesma.
Mais importante do que investir em uma excelente avaliação é construir um
ensino de qualidade e libertador com base nos resultados aferidos.
O primeiro passo
após realizar a avaliação é o da análise de dados, no qual os
professores devem pegar os resultados e interpretá-los. É interessante, nesse
momento, trabalhar com relatórios individuais e coletivos e,
sempre que possível, fazer comparações com outras avaliações diagnósticas já
realizadas.
Com o relatório em
mãos fica mais fácil observar o desempenho dos alunos. Compreender as
dificuldades de cada um, e principalmente as suas origens, é um dos principais
ingredientes para uma educação de qualidade.
Por fim, o
foco deve estar no principal objetivo: solucionar déficits educacionais,
tanto individuais quanto de toda uma turma. O conjunto da IES (professores e
gestores) deve se preparar para implementar mecanismos que busquem sanar os
problemas na aprendizagem dos estudantes.
Diversas atividades
complementares podem ser aplicadas aqui, cabendo aos educadores avaliarem as
que trarão os melhores resultados. Nesse contexto, a intervenção pedagógica possui um importante papel.
Também é
interessante pensar em um plano de nivelamento de
aprendizagem, assunto que será melhor trabalhado em
seguida.
O que é nivelamento de aprendizagem?
O nivelamento de
aprendizagem é uma solução para a defasagem educacional, uma ferramenta
que busca elevar os estudantes ao ponto necessário para acompanhar as aulas.
Num contexto de avaliação diagnóstica, nivelar os alunos, de acordo com os
resultados obtidos, é uma saída praticamente obrigatória.
Seu formato
consiste basicamente em oferecer aulas específicas naquelas disciplinas em que
se percebe um grau maior de dificuldade por parte dos estudantes. De forma
geral, é oferecido um minicurso para o aluno com aquele conteúdo que não domina
e precisa ser melhorado.
Apesar de o
nivelamento ocorrer, na maioria das IES, no primeiro período do curso para
corrigir as defasagens em matérias mais básicas do ensino médio, ele pode ser
aplicado em diferentes momentos. É interessante pensar em nivelamentos durante
o decorrer do curso, pois muitos conceitos podem ser “perdidos”.
Por se dar, de
forma geral, no início da graduação, o nivelamento trabalha mais com um
conteúdo do ensino médio que serve de base obrigatória para o curso em questão.
As disciplinas principais são:
·
Língua portuguesa;
·
Matemática;
·
Química;
·
Biologia;
·
Informática;
·
Física;
·
Inglês, etc.
O nivelamento de
aprendizagem também se faz muito importante agora no contexto de volta às
atividades presenciais, com a redução dos casos graves de Covid-19. É
interessante analisar o que foi retido dos estudos durante o ensino remoto, até
mesmo para avaliar a possibilidade de se investir mais em um ensino híbrido no ensino
superior.
É também importante
tocar na evasão de alunos, um dos maiores problemas para educação na atualidade. Alunos que
possuem dificuldades em acompanhar as aulas tendem a desistir de seus cursos.
Por isso, o nivelamento ajuda a democratizar mais o ensino, ao
possibilitar que todos possam aproveitar ao máximo um bom curso.
Qual a importância de personalizar o ensino?
Como já visto no
decorrer do texto, é interessante tanto a confecção de um relatório com os
dados da avaliação diagnóstica para cada aluno, de forma individual, quanto
para toda a turma. Como esses resultados, é possível criar as estratégias que
fortalecerão a aprendizagem nos tópicos em que a turma possui dificuldade,
assim como traçar novos caminhos para cada estudante.
Como as pessoas
aprendem de forma diferente, e possuem dificuldade em coisas diferentes, nada
mais justo do que personalizar as soluções para resolver as defasagens
educacionais individuais. Não faz sentido focar em dificuldades
particulares para toda uma turma — é importante que cada um possa se fortalecer
naquilo em que precisa melhorar.
A personalização do ensino é uma tendência que vem ganhando bastante espaço na
educação. Hoje é comum a aplicação de uma diversidade de metodologias,
atividades e até mesmo avaliações para diferentes alunos.
Uma aula
personalizada respeita as individualidades de cada um, valorizando seus pontos
fortes e combatendo suas deficiências. É central que se
perceba e respeite que as pessoas possuem habilidades diferentes, e saber que
em cada caso é mais interessante desenvolver aspectos específicos, de acordo
com o perfil do aluno.
Num processo de
avaliação diagnóstica, seguida de nivelamento de aprendizagem, é imprescindível
apresentar respostas personalizadas. Apesar de em vários casos ser necessário
fortalecer algum conceito com toda a turma, as soluções para avançar com uma
educação de qualidade passam também pela superação de problemas individuais.
Porque inserir trilhas de aprendizagem na IES?
Seguindo em um
contexto de nivelamento e personalização do ensino, optar pela utilização
de trilhas de aprendizagem se encaixa perfeitamente com esses dois conceitos.
As trilhas de
aprendizagem são entendidas como um “conjunto integrado, sistemático e contínuo
de desenvolvimento de pessoas e profissionais”. Ou seja, ela se trata de um
caminho pelo qual o aluno deve percorrer, passando pelos pontos da disciplina e
também pelas suas necessidades individuais.
Desse modo, o aluno
pode estudar uma sequência de conteúdos que tenha mais dificuldade, melhorando,
assim, cada vez mais o seu conhecimento sobre um assunto que anteriormente não
dominava.
Seguindo essa
linha, sempre que possível, as disciplinas em que o estudante possui uma maior
defasagem podem ser vistas de forma conjunta com outras que sejam mais fáceis
para ele, deixando assim toda a aprendizagem mais fácil.
As trilhas de
aprendizagem se dão de duas formas: com o modelo agrupado e o linear.
O primeiro diz respeito a conteúdos que não tenham uma ordem pré definida,
trazendo ao estudante a autonomia de organizá-los da forma que achar melhor.
O segundo modelo,
que pode ser melhor aplicado após uma avaliação diagnóstica, é o linear.
Aqui, para se adquirir um conhecimento é necessário possuir outros
anteriores. Ou seja, há uma sequência lógica do que deve ser visto.
Como o objetivo é
sanar os déficits de aprendizagem de cada aluno, é importante trabalhar os
conceitos iniciais desconhecidos, para que finalmente se alcance uma educação
igualitária e emancipatória.
REFERÊNCIA:
https://blog.saraivaeducacao.com.br/avaliacao-diagnostica/
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