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terça-feira, 30 de junho de 2020
Atividades Alimentação
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Alimentação
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (1999-2003). Tem experiência na área de Educação. Professora concursada-efetiva pela Prefeitura Municipal de Sidrolândia/MS. Pós-Graduada Especialista em Educação pela UFMS/MEC/UNDIME//UEMS. Pós Graduada Especialista em Coordenação Pedagógica. Neuropsicopedagoga Institucional e Clínica.
Contato:
E-mail: pedagogaclaudinha@gmail.com
site; http://canalpedagogico.blogspot.com
quinta-feira, 25 de junho de 2020
Atividade - A escrita nas brincadeiras de faz de conta (Pré-Escola)
Contextos prévios:
Esta atividade pressupõe a organização de espaços lúdicos diversificados que privilegiem brincadeiras de faz de conta e que convidem as crianças a realizarem escritas espontâneas .
Materiais:
Nesta proposta vamos utilizar como sugestão elementos que reproduzem o cenário de um banco, de uma lanchonete e de um consultório médico. Para isso, organize cada um dos ambientes, considerando a reunião de objetos e brinquedos, tais como dinheiro de papel, máquinas de calcular, computadores, blocos de papéis, telefones, revistas, caixas vazias de remédios. Busque representar cada um desses locais sugerindo que as crianças vivenciem e representem papéis sociais nas brincadeiras.
Espaços:
Você pode organizar os cantos em áreas amplas, como quadras poliesportivas e corredores, ou em ambientes internos, como salas de brincar e a própria sala. Potencialize os espaços de brincar, organizando de modo a favorecer a apreciação estética e a relação autônoma das crianças.
Tempo sugerido:
Aproximadamente 1hora e 30 minutos
Perguntas para guiar suas observações:
1. Quais as relações que se estabeleceram entre as crianças no decorrer da brincadeira? Como assumiram os papéis e quais ações realizaram?
2. Como se deu o desenvolvimento da brincadeira? Como as crianças se relacionaram ao fazer escritas espontâneas?
3. Ao se depararem com desafios, tanto cognitivo quanto social, como as crianças buscaram apoio? Consideram os pares? Recorreram ao adulto?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Atente-se que esta é uma atividade coletiva e incentive a participação de todos. Observe com atenção as brincadeiras das crianças, para que possa oferecer sugestões atrativas e convenientes. Respeite o fato de que cabe à criança decidir se aceita ou não a proposta, sendo dela o direito de optar por brincar ou não. Cuide para que haja trocas de papéis, para que as crianças desempenhem papéis diferentes numa mesma brincadeira. Observe que algumas tendem a ficar mais quietinhas e se posicionam com menos intensidade nas brincadeiras, busque interagir envolvendo-as no jogo do faz de conta.
O QUE FAZER DURANTE?
1
Convide as crianças para sentar com você em uma grande roda e compartilhe o propósito da atividade. Conte que elas poderão escolher um dos três cenários para brincar de forma livre. Combine com elas a duração da atividade e a organização dos materiais ao fim da exploração.
Possíveis falas do professor neste momento: Crianças, hoje vocês terão três espaços diferentes para brincar. Escolham em qual deles vocês iniciarão a brincadeira e, se quiserem, poderão trocar de cenário depois. Lembrando que ao trocar de grupo, é preciso que não misturemos os objetos de cada cenário. Quando faltarem 10 minutos para terminar a brincadeira, vou avisar vocês. Assim, vocês começam a encerrar a brincadeira. Ao final, iremos organizar todo o material juntos e poderemos brincar com eles num outro dia.
2
Enquanto as crianças brincam, movimente-se pelo espaço a fim de observar as relações que estão estabelecendo enquanto interagem com os suportes de escrita, para refletir sobre boas intervenções durante a brincadeira. Caso perceba que as crianças não dão atenção ou não escolhem elementos que possibilitam a intencionalidade da escrita, integre-as à brincadeira, potencializando esse aspecto e a própria situação imaginária.
Considere entrar no jogo dramático das crianças de forma sugestiva e espontânea. Por exemplo, no ambiente da lanchonete você pode o assumir o papel de um cliente e pedir ao garçom o cardápio. Caso eles não tenham um cardápio, sugira que anotem seu pedido para apoiar o cozinheiro. Com esta ação, você incentiva o uso da escrita e observa quais conhecimentos as crianças revelam em sua composição.
3
Continue as observações das brincadeira das crianças de modo que seja capaz de interpretar os significados que estão em jogo no faz de conta. Assuma o papel de um professor que brinca com as crianças, oportunizando trocas e investigações nesta ação. Suponhamos que no espaço do consultório médico, você assuma o papel de mãe ou pai que levou o filho à uma consulta. Você pode estabelecer um diálogo com a criança que representa o médico, como por exemplo:
Doutor, meu filho está muito doente? O que ele está sentindo? Ele está desde ontem com febre, vômitos…
Observe os resultados da interação. Caso a criança que representa o médico não atribua a sua ação a função da escrita, oportunize a interação ao sentido da escrita, sugerindo, porexemplo:
Doutor, que remédio você sugere que eu compre na farmácia? Você pode anotá-lo na receita?
4
Procure instigar nas crianças comportamentos, ações, papéis, tramas etc., na brincadeira, com a intenção de que elas vivenciem papéis em seu brincar, experimentando novas práticas em relação aos materiais acrescentados por você. Considere envolver outras crianças nas situações. Por exemplo, assuma você o papel de atendente do banco, convidando as crianças para anotar seus dados pessoais para a abertura de uma conta.
Atente-se quanto ao tempo acordado para atividade e sinalize ao grupo quando faltarem 10 minutos para o fim, para que comecem a finalizar as brincadeiras.
Para finalizar:
Ao finalizar as brincadeiras, peça que as crianças organizem os brinquedos e os objetos no local determinado. Reúna o grupo em uma roda de conversa e investigue, junto às crianças, o que podem fazer para enriquecer ainda mais as brincadeiras. Converse sobre os temas desenvolvidos nas situações das brincadeiras, os papéis representados, os conflitos que apareceram e outras questões que as crianças expressarem.
DESDOBRAMENTOS
Você pode organizar visitas a diferentes espaços e estabelecimentos da comunidade, favorecendo que as crianças se atentem para a estrutura, funcionamento, regras sociais, profissionais que neles atuam etc. A partir dessa ação, considere organizar novas temáticas para futuras brincadeiras de situação de faz de conta. Organize com as crianças a produção de novos materiais para a brincadeira, incorporando as novas descobertas, tais como: fazer cartazes com o nome da lanchonete, do banco, da clínica médica, um livro de receitas dos lanches, um cadastro com nomes de vários clientes, fichas de prontuários médicos, por exemplo.
ENGAJANDO AS FAMÍLIAS
Comunique as famílias sobre a atividade vivenciada pelas crianças na escola. Convide os pais para que conversem com elas sobre suas profissões ou atividades preferidas de lazer. Solicite que enviem para a escola, para incrementar as brincadeiras, materiais que utilizam em suas profissões, de preferência, os que acolhem a função da escrita
Referência: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/3779/a-escrita-nas-brincadeiras-de-faz-de-conta
Referência: https://novaescola.org.br/plano-de-aula/3779/a-escrita-nas-brincadeiras-de-faz-de-conta
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Escrita Pré-Escola
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (1999-2003). Tem experiência na área de Educação. Professora concursada-efetiva pela Prefeitura Municipal de Sidrolândia/MS. Pós-Graduada Especialista em Educação pela UFMS/MEC/UNDIME//UEMS. Pós Graduada Especialista em Coordenação Pedagógica. Neuropsicopedagoga Institucional e Clínica.
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quarta-feira, 17 de junho de 2020
BNCC EDUCAÇÃO INFANTIL
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BNCC Educação Infantil
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (1999-2003). Tem experiência na área de Educação. Professora concursada-efetiva pela Prefeitura Municipal de Sidrolândia/MS. Pós-Graduada Especialista em Educação pela UFMS/MEC/UNDIME//UEMS. Pós Graduada Especialista em Coordenação Pedagógica. Neuropsicopedagoga Institucional e Clínica.
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BNCC na Educação Infantil
Entenda as principais mudanças da BNCC
A grande mudança proposta pela BNCC na Educação Infantil está na definição de seis direitos fundamentais para as crianças de 0 a 5 anos:
- conviver;
- brincar;
- participar;
- explorar;
- expressar;
- conhecer-se.
Esses pontos serão melhor definidos mais adiante. Além disso, outros tópicos sofreram modificações e devem ser analisados para uma melhor aplicação da BNCC na Educação Infantil.
Alfabetização até o segundo ano
Antes, a alfabetização era prevista até o terceiro ano. Hoje, a estimativa é que se tenha alunos alfabetizados mais cedo. Essa medida tem como objetivo deixar a educação mais igualitária. Dessa forma, todos os alunos podem estar no mesmo nível básico de ensino.
Entretanto, o modelo ainda divide pais e professores. Quem não concorda justifica que o processo de aprendizado varia de criança para criança. Por isso, é importante resguardar o direito ao desenvolvimento natural de aquisição do conhecimento.
Predileção às ciências exatas
A BNCC na Educação Infantil tende ao fortalecimento das ciências exatas em relação às humanas. Isso acontece porque os alunos são mais incentivados a estudar gráficos, tabelas e a criar bancos de dados.
Além disso, o ensino da história, por exemplo, passa a ser na ordem cronológica dos fatos, em vez de ser apresentado como processos sociais interconectados. O ensino religioso, por sua vez, deixou de ser obrigatório e tornou-se optativo. Nesse contexto, cada escola pode escolher inseri-lo ou não em seus currículos.
Questões de gênero
Discussões acerca de temas como orientação sexual e identidade de gênero foram excluídas do currículo. Mesmo com a retirada dessas pautas, o MEC ainda se mostra aberto a debates acerca da alteridade e das pluralidades identitárias.
Mudança conceitual
Os campos de experiências da BNCC promovem uma mudança conceitual no currículo da Educação Infantil. Para a nova base, a criança não é mais apenas uma receptora das mensagens transmitidas pelos adultos, mas também é capaz de produzir cultura.
Nesse sentido, as propostas são a base estrutural pedagógica que devem guiar as escolas com os fundamentos necessários para cada etapa. Assim, a organização curricular está estruturada em cinco campos de experiência, que se baseiam nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI).
O eu, o outro e o nós
O convívio com outras pessoas faz as crianças constituírem uma maneira própria de agir, pensar e sentir. Elas passam a entender que existem outros modos de vida e pontos de vista diferentes.
Ao mesmo tempo, elas podem construir sua autonomia e senso de reciprocidade, autocuidado e interdependência com o meio. Dessa forma, o ideal é criar oportunidades para que os pequenos entrem em contato com outros grupos sociais e culturais.
Durante essas experiências, elas podem desenvolver a forma de perceber a si mesmas e ao outro. Assim, passam a valorizar a sua própria identidade sem desrespeitar os outros e reconhecendo as diferenças que nos representam como seres humanos.
Corpo, gestos e movimentos
Desde cedo, as crianças conseguem explorar o mundo, o espaço e os objetos por meio do corpo, com os sentidos, gestos e movimentos. Assim, elas estabelecem relações, brincam, se expressam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro e sobre o universo cultural e social.
Por meio das diferentes formas de expressão, como a dança, a música, o teatro e as brincadeiras de faz de conta, elas se expressam e se comunicam tanto com a linguagem quanto com o corpo e com as emoções.
Nesse campo de experiência, o corpo da criança ganha centralidade. Assim, a escola deve promover oportunidades para que ela possa explorar e vivenciar um amplo espectro de possibilidades.
Traços, sons, cores e formas
As crianças podem vivenciar experiências diversificadas, além de várias formas de linguagens e expressões, por meio do contato com diferentes manifestações culturais, artísticas e científicas no cotidiano da escola.
Essas experiências colaboram para que, desde muito cedo, os pequenos desenvolvam senso crítico e estético. Além disso, elas aprimoram o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade na qual estão inseridas.
Assim, a Educação Infantil precisa possibilitar a participação das crianças em produções que envolvem música, dança, teatro, artes visuais e audiovisual. O objetivo é favorecer o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade e da expressão pessoal.
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Durante a Educação Infantil, é necessário estimular os pequenos a ouvir e a falar, por meio de experiências que potencializam sua participação na cultura oral.
É escutando histórias, participando de conversas e ouvindo narrativas em múltiplas linguagens que a criança se estabelece ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
O contato com a literatura infantil proposto e mediado pelo educador contribui para o desenvolvimento do gosto pela leitura, além de estimular a imaginação e ampliar o conhecimento de mundo. Ainda nesse sentido, a imersão na cultura escrita deve partir das curiosidades e dos conhecimentos prévios.
O contato com fábulas, contos, histórias e poemas, entre outros, também propicia a familiaridade com os livros e com os diferentes gêneros literários. Nesse convívio, as crianças vão desenvolvendo hipóteses sobre a escrita, que se apresentam, inicialmente, em forma de rabiscos.
Isso faz com que elas, aos poucos, conheçam as letras do alfabeto, mesmo que em caligrafias não convencionais e espontâneas. Porém, isso já indica sua compreensão da escrita como forma de comunicação e representação da língua.
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
As crianças estão inseridas em tempos e espaços de dimensões diferentes e sempre procuram se situar, seja em casas, ruas e bairros ou em entender o que é noite, dia, hoje ou ontem.
Elas também demonstram curiosidades sobre o mundo físico, como seu próprio corpo, os animais, as plantas, os fenômenos climáticos e as transformações da natureza. O mesmo ocorre com o mundo sociocultural e a busca para entender as relações sociais e de parentesco entre as pessoas conhecidas.
Portanto, a Educação Infantil deve fornecer experiências nas quais as crianças façam suas próprias observações, manipulem objetos, investiguem e explorem seu entorno, levantem hipóteses e consultem fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades.
Veja qual é o papel dos professores na BNCC
O professor é o principal agente de aplicação da BNCC na Educação Infantil. Os profissionais encontrarão uma série de desafios e deverão aprender a desenvolver as competências do aluno, além de colocar a pedagogia diferenciada em prática e garantir todos os direitos de aprendizagem.
Para isso, o primeiro passo é capacitar os docentes. Sem a formação continuada, a BNCC não será concretizada. Porém, algumas questões ainda precisam ser respondidas, entre elas: como preparar os professores? Como fazer a implementação de forma igualitária?
Se quem está ensinando não souber sobre o que está falando, não será possível transmitir o conhecimento de forma correta para os alunos. Como existem profissionais em fase inicial e outros com anos de carreira, a melhor maneira de falar com pessoas tão distintas é mapeando as dificuldades individuais.
A formação dos docentes precisa estar atenta às demandas do século XXI e às necessidades dos alunos. Isso corresponde a receber uma formação contextualizada e que prioriza o protagonismo estudantil.
Atualmente, o professor não é mais apenas aquele que leciona. É importante saber dialogar com o aluno que, por sua vez, também ensina enquanto aprende. Assim, ele se torna corresponsável por um processo em que todos se beneficiam.
Dessa forma, a formação dos professores voltada inteiramente para as aulas expositivas deve ser aposentada. Nesse contexto, o foco deve ser na aprendizagem por meio de experiências práticas, pesquisas e pelo envolvimento com a família.
Para o mediador entrar em cena, ou seja, aquele que mostra caminhos, auxilia e orienta, deixando que o aluno trilhe a sua própria via na construção do conhecimento, é preciso que o professor na educação infantil se reinvente.
O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) elaborou um documento que orienta para o aprimoramento das políticas voltadas à formação continuada de professores, visando a implementação dos currículos adaptados à BNCC.
Para tal fim, é necessário entender quais são as reais necessidades dos educadores e como eles já estão contribuindo para a nova formação das crianças.
Conheça e saiba como desenvolver as competências previstas na BNCC
A BNCC definiu 10 competências gerais que são associações de conhecimentos de acordo com os princípios estéticos, políticos e éticos, com o objetivo de promover a formação humana em suas múltiplas dimensões.
Com isso, o ensino passa a perpetuar uma comunicação integral, mobilizando conhecimentos, valores, atitudes e habilidades para preencher as demandas do cotidiano. Assim, o crescimento do aluno como cidadão é incentivado.
Conheça cada uma das competências previstas e entenda como elas podem ser desenvolvidas nas escolas.
Conhecimento
Visa valorizar e utilizar o entendimento sobre o mundo físico, digital, social e cultural. Assim, é possível entender e explicar a realidade, além de continuar aprendendo e contribuindo com a sociedade.
Como incentivo ao desenvolvimento dessa competência, a escola pode incentivar a curiosidade, a vontade de aprender e relacionar o conhecimento com aplicações práticas.
Pensamento científico, crítico e criativo
Se refere a exercitar a curiosidade intelectual e a usar as ciências com criatividade e criticidade para averiguar causas, preparar e testar hipóteses, formular problemas e desenvolver soluções.
O foco do incentivo, aqui, está na mobilização para conquistar novas habilidades e desenvolver o processo cognitivo, como a memória, a atenção, a percepção e o raciocínio. Assim, o aluno investiga sobre o assunto e apresenta soluções com o conhecimento adquirido.
Repertório cultural
Essa competência objetiva valorizar as diversas manifestações culturais e artísticas para aproveitar e participar de práticas variadas dessas produções.
As escolas devem, então, promover uma maior consciência multicultural, com incentivo à experimentação e à curiosidade. Dessa maneira, o aluno pode se expressar com a arte, compreender sua identidade e desenvolver senso de pertencimento.
Comunicação
Permite usar diferentes linguagens para expressar e partilhar informações, ideias, experiências e sentimentos. A partir dessa competência, o aluno é capaz de produzir sentidos que levam ao entendimento mútuo.
Para isso, é importante promover o domínio de diferentes conjuntos da comunicação, da linguagem e do letramento, promovendo momentos de escuta e de fala, de forma que a criança se manifeste com interesse, respeito e curiosidade.
Cultura digital
Se refere a compreender, criar e utilizar tecnologias digitais de maneira crítica, significativa e ética. Assim, é possível que o aluno se comunique, acesse e produza informações e conhecimentos, resolva problemas e exerça seu protagonismo.
Nesse sentido, cabe à escola promover o contato com ferramentas digitais, linguagens de programação e produção multimídia. É importante que tudo seja feito de forma ética.
Trabalho e Projeto de Vida
A sexta competência pretende que o aluno aprenda a valorizar e a apropriar-se de experiências e conhecimentos para compreender o mundo do trabalho e tomar decisões mais alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida.
Tudo isso com criticidade, liberdade, autonomia e responsabilidade. O incentivo dessa habilidade inclui permitir a compreensão sobre o valor do esforço e desenvolver capacidades como autoavaliação e determinação.
Argumentação
Aprender a argumentar com base em dados, fatos e informações confiáveis é fundamental para a vida social. Isso permite formular, negociar e defender pontos de vista, ideias e decisões comuns.
A escola pode conscientizar sobre modos de expressão e incentivar o reconhecimento de pontos de vista diferentes, por meio de debates e rodas de conversa. Sempre com base nos direitos humanos, consumo responsável, consciência socioambiental e ética.
Autoconhecimento e autocuidado
O oitavo ponto é referente a conhecer-se e compreender-se na grande diversidade humana e, a partir do seu entendimento como indivíduo, aprender a apreciar a si mesmo.
O objetivo é gostar de cuidar da própria saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, mantendo a autocrítica.
O incentivo vem do reconhecimento dos sentimentos e das emoções e como eles influenciam em suas atitudes. O ambiente escolar precisa desenvolver as habilidades emocionais individuais para formar cidadãos mais equilibrados e seguros.
Empatia e cooperação
O exercício da empatia, do diálogo, da cooperação e da resolução de conflitos serve para propagar o respeito e promover o apreço ao outro e aos direitos humanos. Tudo isso deve ocorrer com o acolhimento e com a valorização da diversidade, sem qualquer tipo de preconceito.
A escola deve, então, incentivar o diálogo e a atuação do interlocutor como mediador de conflitos e acolhedor da perspectiva do outro, sempre se colocando no lugar do colega.
Responsabilidade e cidadania
A última competência se refere a como agir pessoal e coletivamente com responsabilidade, autonomia, resiliência, flexibilidade e determinação, para tomar decisões com base em princípios democráticos, éticos, inclusivos, solidários e sustentáveis.
A sala de aula pode ser um ambiente que expõe problemas atuais e promove a participação ativa na avaliação e resolução dessas questões, considerando desafios como interesses individuais e valores conflitantes.
Saiba como garantir os direitos de aprendizagem em seus alunos
Outro grande desafio para as escolas é efetivar cada um dos seis direitos de aprendizagem definidos pela BNCC na Educação Infantil. Entenda, a seguir, o que diz cada um deles e como o educador pode trabalhar em sala de aula.
Conviver
Direito de conviver com outros indivíduos, em pequenos e grandes grupos, usando diferentes linguagens e aumentando o conhecimento de si e do outro. É importante manter o respeito em relação às diferenças pessoais e culturais.
Para isso, a escola pode oferecer situações em que as crianças consigam interagir e brincar com os colegas. Jogos, por exemplo, promovem oportunidades de convívio nas quais é necessário respeitar regras.
Brincar
Brincar diariamente, em diferentes formas, espaços e tempos, com vários companheiros, amplia e diversifica o acesso dos pequenos às produções culturais.
Além disso, as brincadeiras desenvolvem a imaginação, os conhecimentos, a criatividade, as experiências corporais, sociais, emocionais, sensoriais, cognitivas e relacionais.
Para garantir esse direito, as recreações devem estar presentes na rotina da criança. Elas precisam ser variadas e planejadas, acontecendo em espaços abertos e fechados, em pequenos e grandes grupos, assim por diante.
Dessa forma, os alunos também constroem a autonomia e escolhem suas atividades favoritas, criam as próprias regras, inventam desafios e brincam livremente.
Participar
A BNCC diz que é importante para o aluno participar ativamente, com outras crianças e outros adultos, tanto do planejamento da gestão escolar e das atividades de aprendizado infantil sugeridas pelo professor quanto da realização das ações da vida cotidiana.
Isso inclui envolver-se com a escolha dos materiais, das brincadeiras e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e produzindo conhecimento, se posicionando e tomando decisões.
Uma boa forma de garantir esse direito é propondo a construção de casinhas de brinquedo. O educador pode planejar como ela será montada, separar os materiais e pedir para os alunos que a construam. Isso permite que eles decidam a estrutura, a cor, e assim por diante.
Explorar
Explorar gestos, movimentos, formas, sons, texturas, palavras, cores, transformações, histórias, relacionamentos, emoções, elementos da natureza e objetos, dentro e fora da escola, amplia os saberes sobre a cultura.
Isso ocorre em suas diferentes modalidades: na escrita, nas artes, na tecnologia e na ciência. Para isso, é essencial permitir que os pequenos explorem os materiais sozinhos.
Expressar
A BNCC na Educação Infantil diz que a criança tem o direito de expressar, como sujeito criativo, dialógico e sensível, suas emoções, necessidades, dúvidas, sentimentos, descobertas, hipóteses, questionamentos e opiniões — novamente, por meio de diferentes linguagens.
Assim, a escola pode promover momentos de fala em rodas de conversa para que os pequenos tenham esse direito garantido. Outra opção é criar assembleias e conselhos em que eles possam votar e argumentar sobre decisões que afetam o coletivo.
Conhecer-se
Conhecer-se e construir sua identidade social, cultural e pessoal, criando uma imagem positiva de si e de seu grupo de pertencimento, nas diversas experiências e interações vivenciadas dentro e fora do ambiente escolar.
Boa parte das práticas ajudam a garantir esse direito, mas novas ações estratégicas podem ser pensadas. Para os bebês, por exemplo, é possível deixá-los em frente a espelhos para que se observem.
Conclusão
Como é possível perceber, é muito importante que a escola vá além dos conteúdos básicos e efetive uma proposta voltada para uma formação humana com cidadania e ética. Para isso, é necessário adaptar e inserir temas conectados às necessidades da sociedade atual no contexto educacional.
Os impactos da BNCC na Educação Infantil serão profundos e positivos, especialmente no que diz respeito à normalização dos assuntos ministrados. Dessa forma, o ensino tende a se tornar mais humanizado e mais relacionado com as demandas das gerações atuais.
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BNCC Educação Infantil
Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (1999-2003). Tem experiência na área de Educação. Professora concursada-efetiva pela Prefeitura Municipal de Sidrolândia/MS. Pós-Graduada Especialista em Educação pela UFMS/MEC/UNDIME//UEMS. Pós Graduada Especialista em Coordenação Pedagógica. Neuropsicopedagoga Institucional e Clínica.
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